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Sindcine exalta pujança do cinema nacional

O audiovisual brasileiro vive uma fase de entusiasmo e também de esperanças. Primeiro, devido ao Oscar de Melhor Filme Internacional para “Ainda estou aqui”, de Walter Salles; depois, pelo Grande Prêmio do Júri conquistado por “O último azul”, de Gabriel Mascaro, no Festival de Berlim; e, mais recentemente, em razão da dupla premiação em Cannes – de melhor direção e melhor ator (Wagner Moura) – para “O agente secreto”, de Kleber Mendonça Filho.

Sonia Santana preside o Sindcine. Ela falou à Agência Sindical sobre a qualidade das produções nacionais e de sua esperança em novas produções e mais prêmios. Sonia afirma: “Penso que estamos superando a fase de sufoco dos anos bolsonaristas, quando a cultura era até criminalizada. As produções culturais nacionais têm crescido, em todos os setores, mostrando a pujança e originalidade dos produtores, atores, diretores e demais profissionais do setor”.

Sonia observa que, no caso do cinema, “é muito difícil competir por meio de uma obra em que a língua falada não seja o inglês”. Essa aparente desvantagem, ela comenta, “é compensada pela força de nossa cultura e a necessidade de contar a história recente do País, especialmente a violência e as agruras da ditadura”.

A economia moderna, ainda que nas produções culturais, exige escala. Um dos nossos pontos frágeis nesse sentido é a bilheteria, “porque os cinemas de rua foram fechados ou viraram igrejas, e já quase não temos mais salas no Interior do País”, comenta a presidente do Sindcine.

O audiovisual moderno mantém as características locais ou do país onde é produzido. Porém, alerta a dirigente, é preciso atuar com profissionalismo em todas fases, inclusive na divulgação fora do País, com exibições em mostras e um grande número de entrevistas. Foi o que se viu com o filme de Walter Salles.

Eixo – Para a dirigente do Sindcine, o Brasil tem um vasto mercado a ser explorado. Ela defende que haja mais produções fora do eixo Rio-São Paulo. O próprio Kleber – de “O agente secreto” – é pernambucano.

Segundo Sonia Santana, falta ao audiovisual uma política pública efetiva, com mais recursos, como também a realização de cursos de formação, qualificação e requalificação profissional.

Mira – O cinema brasileiro tem uma forte tradição política, de pensar e relevar nosso País. Não à toa, ela argumenta, “o cinema, muitos diretores e muitos atores e atrizes foram vítimas preferenciais da repressão”.

MAIS – Sindcine (11) 5539.0955; Sonia (11) 99948.0145; João Franzin – jornalista (MTb 12.865) 11 99617.3253.

Por Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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