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Juros altos não contêm alta dos alimentos, avalia Dieese

Pesquisa Nacional da Cesta Básica, feita pelo Dieese, mostra que o preço dos alimentos básicos continua subindo. Entre março e abril, houve aumento em 15 de 17 Capitais. Altas fortes ocorreram em Porto Alegre (5,38%), Recife (4,08%) e Vitória (4,05%). Houve quedas em Brasília (-0,87%) e Salvador (-0,23%).

Patrícia Lino Costa, supervisora de Preços do Dieese e coordenadora da Pesquisa, aponta razões gerais para a persistência da alta dos alimentos: demanda externa aquecida, emergência climática e especulação no preço das commodities.

Outro fator que não auxilia mudança de panorama é a política de juros do Banco Central, com Taxa Selic a 14,75% ao ano. Patrícia explica: “Juros altos são ineficazes no combate à alta dos alimentos e vão contra o que a classe trabalhadora quer: melhores empregos e salários. Esta política inibe a demanda interna e compromete o crescimento do País. Desse modo, a renda não cresce na mesma velocidade do preço dos alimentos”.

Governo – A técnica do Dieese entende que o governo federal tem tomado ações para conter a alta da cesta básica. Principais delas são a isenção de impostos para importação de alimentos essenciais e o incentivo à agricultura familiar. “Outro fator essencial é o acompanhamento dos preços no curto, médio e longo prazo, para minimizar o impacto das altas sazonais em itens específicos. Essa política foi destruída por Temer e Bolsonaro, e retomada pelo governo Lula”, diz.

Preços – Altas mais expressivas foram do café em pó (15,55% em Vitória), tomate (51,99% em Porto Alegre) e batata (35,01% em Porto Alegre). Na maioria das cidades, houve redução no arroz agulhinha e no óleo de soja. “No caso do arroz, baixa se dá pela época de colheita; já a soja vem mostrando redução por conta da grande oferta, apesar do aumento da demanda pela produção de biocombustíveis, em vez de óleo de soja”, detalha a técnica.

Novidade – O Dieese firmou convênio com a Companhia Nacional de Abastecimento para acompanhar de maneira detalhada a variação dos preços dos alimentos em todo o País. Já estão sendo levantados dados de todas as Capitais, incluindo Brasília. Divulgação desse números deve começar a partir da edição de junho da Pesquisa Nacional da Cesta Básica.

Clique aqui para ler a pesquisa completa.

MAIS – Site do Dieese.

Por Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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