Zona Leste ganha mais duas salas públicas de cinema e São Paulo chega a 12 espaços para filmes abertos desde março

//Com Circuito Spcine, serão abertos 20 espaços de exibição em diferentes bairros até o fim do semestre, formando a maior rede pública de salas de cinema do Brasil. Serão 200 sessões semanais,

//A região leste da capital paulista ganhou na tarde de 25 de maio duas novas salas públicas de cinema, nos Centros Educacionais Unifi-cados (CEUs) Parque Veredas, no Itaim Paulista, e Jambeiro, em Guaianazes. Com as duas novas salas, o Circuito Spcine atingiu 12 espaços de exibição de filmes gratuitos já abertos pela Prefeitura de São Paulo desde o fim de março.

Já foram inauguradas salas nos CEUs Meninos, Caminho do Mar, Quinta do Sol, São Rafael, Butantã, Jaçanã,

Aricanduva, Feitiço da Vila, Três Lagos, e também na Galeria Olido. Com exceção do Circuito Spcine Cine Olido, que tem ingressos popula-res de R$ 8, as sessões nas outras salas implementadas no CEUs tem entrada gratui-ta. A programação é variada e conta com grandes títulos

como as animações “Epa! Cadê o Noé?”, “Snoopy e

Charlie Brown – Peantus, o filme”, além do filme nacional recém-lançado “Um Suburbano Sortudo”, o internacional “Truman”, com o premiado ator Ricardo Darín.

Do total de 20 salas do Circuito Spcine que serão inauguradas até o fim do semestre, 15 estão sendo im-plementadas em CEUs, sen-do cinco na zona leste, cinco na zona sul, quatro na zona norte e um na região oeste. As outras cinco salas ficarão em equipamentos culturais como a Galeria Olido, no centro, duas no Centro Cultural São Paulo (CCSP), na rua Vergueiro, uma no Centro de Formação Cultural de Cidade Tiradentes e mais uma na Biblioteca Roberto Santos, no Ipiranga. Todos os espaços contam com equipamentos

de projeção digital Christie 2D/2K, capacidade de fluxo luminoso de 10 mil lumens e sistema de som Dolby 5.1, importados do Canadá, com tecnologia de ponta.

“Acho muito legal. Muita gente aqui do bairro não tem condições de ir ao cinema e é uma forma de ter cultura de graça”, avalia a estudante Maria Paula Bezerra Silva, 14 anos, que mora na vizinhança do CEU Parque Veredas e acompanhou a sessão inau-gural do cinema, em que foi exibida a animação “Snoopy e Charlie Brown – Peantus, o filme”. A festa incluiu pipoca, refrigerante e cachorro-quente para a garotada.

A abertura dos espaços leva em conta um estudo da JLeiva que apontou que, na média de toda a cidade, 10% dos paulistanos nunca foram a uma sala de cinema. Nas
classes D e E, esse número sobe para 30%. Quando todas as salas do circuito estiverem em operação, a Spcine estima que serão cerca de 200 sessões sema-nais, com expectativa de 960 mil espectadores por ano.

São Paulo já chegou ter 160 cinemas de rua, e atualmente, são oito. As outras salas estão todas nos shop-ping centers e com ingressos de valores elevados. “Guaia-nazes já teve cinema de rua, há muito tempo, mas perde-mos isso, e ficamos só com as salas dos shoppings, que não são tão acessíveis. O prefeito mostrou sensibilidade e está levando cinemas para bairros onde não tem cinema”, disse o gestor do CEU Jambeiro, Denílson Delfino.

O investimento total de equipamentos em todo o projeto foi de R$ 7,4 milhões, além de mais R$ 2,5 milhões para a operação das salas. “Esta sala cheia é o maior presente para nós da SPCine. Queremos que vocês falem do cinema para todo mundo, tragam a família, os filhos, porque é um cinema de primeira qualidade. Abracem este cinema, ele é de vocês”, afirmou Mauricio Ramos, Di-retor Executivo de Desenvolvi-mento Econômico da SPCine, ao abrir a sessão no Parque Veredas.

“Faz parte do nosso traba-lho levar cultura para todas as regiões da cidade e proporcionar o acesso a todas as formas de cultura, inclusive ao cinema”, disse o secretário--adjunto de Cultura, Maurício Dantas, durante a abertura da sala no CEU Jambeiro.