Sintracon/Itapevi-SP

Pressão dos trabalhadores acaba com a intransigência da FIESP

//Na manhã do dia 5 de dezembro, uma hora e meia de paralisação foi o suficiente para que os trabalhadores demolissem a intransigência da FIESP que vinha insistindo na radicalização e no achatamento dos salários dos empregados do setor de móveis.

O Movimento começou na Abatex, empresa de móveis sedia em Carapicuíba
se espalhou por outras duas empresas. GMM, em Barueri, Seder, em Cotia e Voko, em Barueri. Na empreitada o Sintracom Itapevi contou com o apoio de entidades importantes como a União Geral dos Trabalhadores, a UGT, a Feticom, Federação que representa a categoria, os sindicatos da Construção
e Mobiliário de Santos, Santo André, São José dos Campos e Marceneiros de São Paulo.

Depois de meses de negociação, o Sintracom-Itapevi, não estava disposto a passar nem mais um dia ouvindo “conversa mole da patrãozada” da FIESP.
Sob pressão, rapidinho apareceu uma proposta de acordo que se estendeu
para toda a categoria. Os salários foram reajustados em duas parcelas. A rimeira de 6,5% a partir do dia 1º de outubro e a segunda de 2,4% a partir de 1º de fevereiro.

O piso salarial foi reajustado em 9,15% e passou a valer R$ 1.505,02. Para o
primeiro salário na categoria o valor é de R$ 1.380,00 para o trabalhador admitido a partir de 1º de dezembro. Da cesta básica, quem faltar ao trabalho justificar a falta não perde o benefício. O mesmo se aplica ao vale alimentação que passou a valer R$ 129,55. O reembolso para quem presta
serviço externo passou para R$ 22,39.

A multa do PLR para as empresas que não fazem o processo de negociação oi mantida em R$ 413,40. As demais cláusulas econômicas foram reajustadas e 9,15%. Apesar da pressão de encarregado “puxa-saco”, a
vitória dos trabalhadores na Abatex foi expressiva e beneficiou toda a nossa categoria.